domingo, 4 de outubro de 2009



Due Tempi

Subo em dois tempos
Entre curvas sinuosas e retas curtas
Cada aceleração leva meus sentidos ao limite da percepção
Estonteante sensação

Em um curto intervalo de tempo, é tanta adrenalina e serotonina
Que meu corpo simplesmente se vicia
Duas marchas para baixo,
Uma forte freada e uma bela entrada de curva,
Parar? Nem pensar, mais uma dose cavalar

Num bale clássico pendulo de um lado para o outro,
Uma curva após a outra me debruço sobre ela e ela sobre o asfalto.
Ao som de duas ponteiras agudas subindo de tom e soando alto
Em sintonia perfeita entre o tempo, máquina, corpo e espaço

Minha platéia é a mata e alguns felizardos transeuntes
Que vêem de bem perto
Toda a beleza plástica entre homem e maquina

O que seria do homem sem suas maquinas?
Da força sem leveza e graça
Una colline senza una bella moto due tempi

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